Dez anos sem votar
Votei já aos 16 anos, na capital paulista. Fiz questão de tirar meu título. Mas o pragmatismo acabou tomando conta de mim.
Minha última eleição foi a de 2008. Fiz questão de voltar a São Carlos para votar. A disputa parecia apertada e eu quis participar com voto útil. Cidade pequena, em que um voto faz diferença.
Em 2010, já morando em Gurupi, não estive na cidade em nenhum dos turnos. A UFT também é culpada: marcaram concurso em Palmas para 31 de outubro, dia do segundo turno.
Em 2012, soube que algumas pessoas estavam renovando seus títulos, mas não busquei saber a razão. Não vi sequer uma peça da campanha da Justiça Eleitoral quanto ao recadastramento biométrico. Tive o título cancelado.
Neste 2014, estarei fora de Gurupi e não votarei em trânsito para presidente.
Transferirei o título para o Distrito Federal depois da eleição. Mas a eleição no DF é quadrienal. A próxima, só em 2018.
Hoje, não estou tão preocupado com o voto direto. Sinto que ele é pequeno na massa.
Por outro lado, se, com meu trabalho, alguém passou a ter mais reflexão ética, mais cidadania, cobrou mais seu direito, cumpriu melhor seu dever, e eu acho que isso acontece, então, na minha consciência, a minha contribuição democrática já está dada.